quinta-feira, outubro 23, 2003

Preparem-se!

Vem aí o Rock in Rio Lisboa. Eu Vou!
Deixa

Acabo de ouvir pela primeira vez o álbum de estreia de Cibelle. A pacatez da noite e a ausência de auscultadores impediram-me de fazer uma escuta mais atenta. A verdade é que esta brasileira se movimenta bem por águas complicadas. As águas onde nos habituámos a ouvir, por exemplo, Adriana Calcanhoto. Há muita electrónica no som de Cibelle. As letras dividem-se entre o brasileiro e o Inglês. Como me disse ainda outro dia o Arnaldo Antunes na entrevista com os Tribalistas, “a produção musical brasileira é muito intensa”. É mesmo assim. Há sempre qualquer coisa para descobrir.
Só mais uma nota... Já está aí essa pérola chamada “Vinicius 90 anos”. É um cd duplo a lembrar que esse gigante faz agora essa respeitável idade. Digo faz porque o Vinicius não morre. E não é lugar comum. São demasiadas as vozes que o eternizam. Obrigatório!

segunda-feira, outubro 20, 2003

Entretenimento Puro

Construir um Ídolo não é fácil. O mercado da Pop exige trabalho. A um ídolo não basta saber cantar. Às vezes, nem é o mais importante. Tem de ser uma combinação de capacidades vocais, personalidade, presença em palco. Em resumo… é preciso muito talento. Na Pop deste início de século o ídolo por excelência chama-se Robbie Williams. O primeiro de dois concertos no Pavilhão Atlântico, em Lisboa é a prova disso mesmo. O músico britânico promete o maior espectáculo do mundo e cumpre o prometido. A entrada em palco é apoteótica… na linha do que se ouve no CD “Live Summer 2003”. Daí para a frente Robbie Williams dá uma lição de palco… em permanente interacção com o público… enquanto percorre uma carreira que faz esquecer os primeiros anos com os Take That. A arrogância inata fica de parte, depois de baixar as calças para delírio das Teenagers “inconcientes”. Robbie mostra-se encantado com o público português e parece ser sincero. Dá uma descasca ao manager por nunca antes ter vindo a Portugal. O próprio pede desculpa e o concerto segue em frente. Mas o momento alto do espectáculo acontece quando Robbie torna um concerto com 16.500 espectadores num recanto intimista. Em “She’s The One” Robbie escolhe um casal na primeira fila e fala com eles. Pergunta-lhes o nome… o Luis e a Ana respondem timidamente. Os ecrãs gigantes revelam o sorriso e a timidez de quem está perante os olhos do mundo, pelo menos daquele. Robbie insiste. Tenta pô-los mais à vontade… mas é difícil. Em meia duzia de minutos Robbie selava um namoro de seis meses e deixava os mais relutantes completamente rendidos. Mesmo quem não costuma aplaudir de pé… deu força às canetas. Quanto ao Luís e à Ana ficaram juntinhos com um blrilhozinho nos olhos. A minha veia jornalística faz com que gostasse de os conhecer. Se um dia derem de caras com este texto… entrem em contacto… contem como foi. Espectáculo continuou rumo aos temas mais em voga. Feel deu um sentimento de união. Mas sería Angles a fechar o concerto. Toda a gente cantou ou gritou consoante a capacidade das cordas vocais. Para o fim… um brinde. Já extra-alinhamento (mesmo) Robbie decide chamar os músicos e repetir a dose. .. enquanto sublinhava que nunca tinha feito aquilo mas tinha adorado cantar o Angels em Lisboa.
O músico cumpriu. O público português também. Ficou toda a gente convencida. Até as teenagers “inconcientes” que me calharam ao lado e que nem devem ter ouvido nada. Saltavam sempre naquele ritmo “escuta” enervante. Foram para casa como tinham ido para o atlântico. Histéricas.

Rui Pedro Reis

sexta-feira, outubro 17, 2003

Reaxs
A partir de hoje já podem deixar os vossos comentários! Façam Favor...

quarta-feira, outubro 15, 2003

Blogar
A Rita acaba de me passar um "raspanete" e com alguma razão. Estou um baldas. Mais por falta de tempo do que de conteudos tenho andado ausente.
Entretanto, a reportagem dos Tribalistas foi para o ar na SIC Notícias. Aliás, ainda está no ar por estes dias. Quem não viu, é aproveitar que vale a pena.
Desde ontem que estou indeciso se continuo nesta coisa do jornalismo, se abro uma Agência de Viagens especializada em excursões a Bragança. Era um sucesso. Repararam no ar despreocupado do governador civil lá da terra. O senhor já anda a fazer contas à vida. Ele é ingleses, holandeses, suecos... até japonêses. Vão ver...
E tudo por culpa das mães. Se aquelas "esposas" não tivessem feito escândalo ninguém sabia que em Bragança também há a oferta que prolifera no resto do país. O artigo da Time tem uma escrita apetitosa... traça um retrato pitoresco da coisa. A única alternativa das "mães" é comprar uma lingerie a preceito e uma edição revista e actualizada do Kama Sutra ou, para quem não goste de literatura pesada, uma qualquer edição da Maria. Pode ser que dê ideias.
De uma forma ou de outra Bragança entrou no mapa e está assinalada a vermelho. O que me faz lembrar que daqui uma semana a cor rubra vai dominar na inauguração da nova catedral. Grande momento.
Outro grande momento foi a conquista do sexto título mundial de Fórmula 1 pelo Michael Schumacher. Foi uma corrida de nervos, com o alemão a pisar o risco por várias vezes. A vitória foi à justa, ou pelo menos pareceu. Bastava 1 ponto e foi isso que Schumacher arrecadou no Japão. O Schumi vai continuar a dar alegrias aos Tiffosi... e quanto ao Raikonnen... ainda tem muito tempo. Em princípio ainda temos Schumacher até 2006. Espero que sim. Este fim-de-semana tive outra vitória. O meu pestinha também celebrou o título... já grita Ferrari!!!!!

sexta-feira, outubro 10, 2003

Semana em Branco
Uma agenda preenchida e alguma preguiça à mistura deixaram-me ausente do Blog por uma semana. Desci da montanha e mergulhei no Tribalismo. A culpa, de facto, foi da Tribo. Estive a preparar a reportagem dos Tribalistas que já roda na SIC Notícias e que alguma modéstia me impede de recomendar. Deixo isso para os outros. Mas espero que o façam. Os tribalistas são daqueles que me fazem redescobrir a magia da música. Têm alguma coisa de especial. Alguma coisa que leva um pingente de 18 meses a tentar cantar o Já Sei Namorar e a identificar a capa do CD.
Do alto da montanha percebi o valor da amizade. O valor de um abraço, de um sorriso, de um telefonema ou, apenas, de um sms. É curioso que com tantos meios de comunicação, as pessoas estejam cada vez mais afastadas umas das outras. Ando a lutar contra isso, mas remar contra a maré é complicado.
Às vezes penso que esta geração é estranha e que os nosso pais não eram assim. O meu, por exemplo, nunca esteve até às duas da manhã a jogar Playstation. Quanto muito, jogava sueca. Ora, não é a mesma coisa. Também não havia consolas. Mas será que tenho um fusível a menos? Já não é a primeira vez que sou acusado de passar demasiado tempo às voltas no GT3. Não percebo... pelo menos não é poluente. Já álguem pensou nisso? E agora? Argumentos? Ah, pois é... E faz-se exercício...
É como ir ao Outlet... que poderia ser um sucesso como jogo PS2 para o público feminino. Título: Outlet Temptation. Descrição do Jogo: Entra na loja certa e faz compras. As compras certas dão pontos, sempre que começares a abusar perdes pontuação. Cuidado com o tempo... se apanhas uma molha entre lojas... Game Over.
Será que é muito diferente? A industria dos jogos é hoje um mercado de dimensão comparável ao do cinema, só que ninguém liga porque é coisa de malucos.
Este fim-de-semana vou dar no GT3... e vou agarrar em 3 amigos e andar de Kart. Vai ser em grande!
Espero que para a semana tenha alguma coisa de jeito para escrever. Hoje deu-me para aqui!

Rui Pedro Reis

sexta-feira, outubro 03, 2003

Rumo à  Montanha

Por dois dias desligam-se os blogs e os outros urls que me mantêm preso à  rede. Por dois dias desligo do universo de links e trocas de dados. É um exercício interessante. Continuo atento ao sinal que do satélite me traz o mundo para a caixa na ilusão de que o mundo encaixa nos meus dias. O acordar tem a cor dos dias sem estação, também eles intemporais. A montanha pode parecer parada no tempo, mas o pássaro gigante que se esconde para lá da encosta revela que o tão afamado progresso também já¡ lá chegou. Mesmo assim reaprende-se a respirar, um ar puro que me traz ao pensamento que lá estás... que estás sempre ao meu lado. As memórias são um dos consolos da Tribo. O conforto dos tempos que teimam em não regressar... Não descolo do éter. Como se do éter viesse a voz... a voz que deixei de ouvir de repente, sem aviso. Estarei surdo? Será que o rumo dos encontros e desencontros leva inevitavelmente a caminhos diferentes, que nunca pensámos percorrer? Porque será que há perguntas que teimam em não ter resposta. E se o ar já não for tão puro? Afinal, não devemos procurar a reposta para tudo? Talvez não... Há coisas que acontecem porque tem de ser. Os desencontros levam sempre a novas revelações... a novos encontros nem que seja com o nosso Eu. O caminho, inevitável, está traçado. Não vale a pena fugir. Fim da emissão... por hoje. Na montanha, pelo menos, estou mais perto!

Rui Pedro Reis

quinta-feira, outubro 02, 2003

A semana voa e a voracidade do tempo deixou as palavras presas. O mais natural seria que à  falta de melhor assunto me pusesse para aqui a fazer considerações sobre o tempo. Mas o quadro de miséria é tal que me abstenho de quaisquer comentários.
A verdade é que a blogmania pegou... mas ainda há quem não saiba o que isto é... É assim com tudo. Provavelmente as futuras gerações vão olhar para os blogs como uma forma arcaica de comunicação. Ainda hoje li algures que dentro em breve o rato e o teclado, como estes que estou a utilizar, tornar-se-ão obsoletos. Será tudo comandado pela voz. Só espero que dê para sussurrar. Imaginem a caldeirada num cyber-café. Então se for em Espanha...
Ainda os Blogs... Aqui ao lado estão alguns dos meus preferidos. O A Leste do Paraí­so... por razões óbvias...
O No Parapeito não é só um campeão de acessos ( se fosse tv sería campeão de audiências. É a visão bonita e sensí­vel do mundo... de alguém que partilha o espaço onde preencho os meus dias. Uma revelação das coisas simples da vida. As que fazem rir ou chorar. Continua Rita.
O que os blogs têm de melhor, pelo menos para mim, é fazerem-nos bem à alma. Poem-nos a escrever a outro ritmo, longe da pressão da escrita diária... o que nos vem à  cabeça... o que nos toca... o que nos apetece. Sem tempo ou espaço limite... sem ter de cumprir metas. No fim o suspiro, se houver, tem a força de um ponto final, ou de um ponto de exclamação... ou mesmo de um ponto de interrogação. Porque o fim afinal não passa de um até amanhã ou, pelo menos, até breve.

Rui Pedro Reis