sexta-feira, novembro 14, 2003

Os Verdadeiros Durões

A estrada deixa para trás o Koweit. A caminho de Bassorá a coluna de 3 jipes conduz os jornalistas portugueses ao encontro dos militares. Os tais que enquanto se ambientam aos rigores do clima é à situação já avisavam que os repórteres estavam por sua conta e risco. Os kilómetros somados no painel de bordo do todo-o-terreno ainda eram poucos quando o carro em que a TVI seguia acelera para fugir a um carro perseguidor. Alertados pelos gestos, os homens da RTP seguem no encalce. Dentro do Jipe da SIC a mensagem não terá sido completamente clara... apenas o suficiente para que no meio da confusão 3 jornalistas caíssem numa emboscada... o lado mais imprevisível de uma guerra que já não o é... ou não devia ser...
A Maria João Ruela sería baleada... o Rui do Ó... com aquele misto de sorte e experiência ficou ileso para logo contar a história. Aguenta amigo! Com eles estava também o Carlos Raleira... nome conhecido do éter, presença obrigatória na antena da TSF. Desapareceu sem deixar rasto... Mas de certeza que ainda regressa para dizer o que viu...
O país deve agradecer a estes 3 e aos outros que lá estão, por darem a vida para informar. Devem apoiar incondicionalmente os homens da GNR pela missão para que foram empurrados. Devem perguntar a quem manda qual é o preço a pagar por tudo isto. Admitir os erros é ter carácter. Insistir neles... é falta de... sei lá... só me ocorre um vegetal vermelho que não será a expressão mais correcta.
Tudo isto lembra... pela memória dos documentos... uma guerra do Vietname com final pouco feliz. Neste momento até os norte-americanos começam a recuar...
Mas há um durão que continua firme e hirto.
Até quando?

Rui Pedro Reis

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